Ficar longe do celular, da internet e de demais tecnologias chega a ser angustiante. Muitas vezes, temos a sensação de que o smartphone é até parte do nosso corpo. Porém, se é duro para nós adultos, imagine para a garotada. Mas aí é que mora o perigo: crianças expostas a telas de maneira exagerada sofrem inúmeros danos em seu desenvolvimento e saúde.
Para se ter uma ideia, estudo da SBP (Sociedade Brasileira de Pediatria), publicado em 2016, mostrou que tempo demais em frente aos eletrônicos causa várias complicações. Assim, começam a surgir problemas de fala, visão, audição, dificuldade para dormir, entre outros.
Mas não é só isso. A overdose de hardwares também pode agravar a depressão e a ansiedade. Por outro lado, proibir totalmente pode desencadear outros contratempos, como dificuldades de socialização. Afinal, as outras crianças estão online, e seu filho pode se sentir solitário se ficar completamente out.
Dessa forma, o equilíbrio é a palavra-chave. Quer saber quais são os riscos de crianças expostas a telas além do que deveriam? Então leia nosso post!
Por que é importante limitar o tempo dos filhos no smartphone?
A AAP (Academia Americana de Pediatria) afirma que, entre as crianças e adolescentes, o risco de desenvolver condutas compulsivas tecnológicas é bem maior do que em adultos.
Não é à toa que figuras expoentes do universo tech já declararam restringir o acesso de seus filhos à internet. Assim, ninguém menos do que Steve Jobs, fundador da Apple (falecido em 2011), e Bill Gates, criador da Microsoft, já admitiram controlar a quantidade de horas que seus filhos ficam com os olhos grudados nas telas.
Tempo máximo de crianças expostas a telas por dia e faixa etária
Mas, então, quanto tempo podemos deixar nossos filhos entretidos com esses aparelhos? Na verdade, a OMS (Organização Mundial de Saúde) e a SBP (Sociedade Brasileira de Pediatria) fazem as seguintes recomendações:
Faixa etária | Máximo de tempo de tela por dia |
*Zero a dois anos | Não devem usar |
*2 a 5 anos | 1 hora por dia |
**6 a 10 anos: | 2 horas por dia |
**11 a 18 anos | 3 horas por dia |
*Fonte: Organização Mundial de Saúde
**Fonte: Sociedade Brasileira de Pediatria
Como o excesso de eletrônicos afeta o desenvolvimento infantil?
Vemos crianças expostas a telas em quase todos os lugares. Assim, no supermercado, no restaurante e até na clínica médica não é raro encontrar meninos e meninas com os dedinhos disparados no teclado touch screen. No entanto, isso pode ser perigoso. Veja a seguir alguns dos riscos apontados pelo estudo da SBP.
Atraso no desenvolvimento da fala
Segundo os pediatras, é comum que os bebês que passam tempo demais nos celulares e afins apresentem dificuldades de fala. Desse modo, não é demais lembrar: a OMS contraindica o uso de dispositivos digitais por crianças com menos de 2 anos.
Pressão precoce para o consumo
Geralmente, os vídeos e joguinhos que as crianças mais gostam estão repletos de propagandas das mais variadas categorias. Assim, esse excesso de informação compromete o amadurecimento do cérebro. Além disso, as mensagens publicitárias interferem no desenvolvimento psicossocial e na formação de valores.
Tendência ao vício
Na internet, existe um mecanismo que aciona o cérebro pela recompensa. Assim, a cada ponto no game ou like em um post, os pequenos sentem um prazer incrível. Contudo, tal sensação pode gerar comportamento compulsivo. Afinal, nessa idade, eles estão mais vulneráveis ao descontrole.
Estímulo da agressividade
Crianças que passam muito tempo no smartphone costumam se tornar mais irritadas e agressivas. Ou seja, a falta de um limite provoca mudanças de comportamento, conflitos na família e até transtornos de aprendizagem.
Problemas com a qualidade do sono
A intensa luminosidade desses aparelhos traz insônia. Mas esse não é o único problema. Assim, dependendo do conteúdo que é acessado, os garotos e garotas sofrem com pesadelos e até casos de terror noturno infantil.
Perda auditiva
Outro problema das telas digitais é quando elas são acompanhadas de fones de ouvido, usados principalmente pelos adolescentes. Portanto, também há riscos para a audição, já que muitos meninos e meninas passam horas a fio com volume acima do recomendado pelas autoridades de saúde.
Como se divertir com a garotada longe de smartphones, tablets e notes?
Se precisamos diminuir o tempo das crianças expostas a telas, vem a pergunta que não quer calar: como vamos distrai-las??? Acredite: se houver amor e paciência, ideias não faltarão. Aliás, até separamos algumas logo a seguir. Dê uma olhadinha:
Construa brinquedos com seus filhos
Produzir os próprios brinquedos é uma atividade lúdica e criativa. Além disso, você não precisa ser um expert em artesanato. Nesse sentido, basta recordar de como era a infância nos anos 70, 80 e 90. Assim, faça pipas, pé de latas, bonecos de bexiga, telefone sem fio de copinho e por aí vai.
Plante uma pequena horta
Plantar uma pequena horta em casa é uma delícia e ensina muito para a criançada. Afinal, mexer com a terra é um exercício sensorial incrível. Além disso, no dia a dia, os pequenos podem acompanhar o crescimento dos temperos e aprender noções importantes sobre a proteção ambiental e a necessidade de esforço para conseguir as coisas.
Aposte na culinária infantil
Mais uma brincadeira legal é cozinhar com as crianças. Além de divertido, é possível aproveitar esses momentos de descontração para apresentar alimentos mais saudáveis de forma lúdica.
São inúmeros os benefícios da culinária infantil. Afinal, você pode ensinar matemática e proporções, iniciar a educação financeira levando para as compras e explicar sobre situações perigosas envolvendo forno e fogão. Certamente seus filhos vão amar a experiência.
Portanto, por mais prático que seja para os adultos, deixar crianças expostas a telas por muito tempo não é nada legal. Principalmente para papais e mamães comprometidos com o bem-estar de suas crias!
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